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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Trabalho e Transformação.


Olá leitores, hoje nosso momento para reflexão, garante a continuidade na vida.
Trabalho é uma atividade inerente ao ser humano. Faz parte das leis naturais da vida e tudo que a humanidade construiu e constrói até hoje depende sempre de muito esforço e dedicação. É, ao mesmo tempo, um direito universal e um dever para todos,
independentemente de sexo, credo, partido político, nacionalidade, cultura etc. Cotidiano
Observe sua vida pessoal e a de sua família:
Tudo o que conseguimos possuir ou conservar dependeu de muito suor, de trabalho
duro e de muita perseverança na luta do dia-a-dia, não é mesmo?!
Atividade: Converse com os colegas ao seu lado histórias de pessoas famosas que
vocês conhecem e que construíram grandes obras, com bastante esforço,
perseverança e muito trabalho. A riqueza do trabalho
A história da humanidade consolidou-se por meio do trabalho. Este é o instrumento
adequado que o ser humano encontrou e utiliza para satisfazer suas necessidades
básicas (alimentação, saúde, segurança, acumulação de bens, vida em grupo, poder,
auto-estima e auto-realização).
Ao atender estas demandas existenciais, a pessoa desenvolve a sua maior riqueza:
seu POTENCIAL de INTELIGÊNCIAS.
Alias, se o ser humano não tivesse trabalhado para resolver problemas e dificuldades
do dia-a-dia, não teria desenvolvido a capacidade mental de raciocinar, de perceber,
de sentir, de conviver e de agir...
Através do trabalho você é útil a si mesmo (a), à sua família e a sociedade.
Beneficia-se do trabalho dos outros, mas também auxilia, com o seu, a construir o bem
comum. A verdade é que o trabalho não serve apenas para atender nossas necessidades materiais de vida. Ele produz ganhos diversos, dependendo de nossos interesses e desejos, tais como:
• domínio sobre a natureza
• criação de novos instrumentos de trabalho
• inovações de maneiras de distribuir as tarefas
• vivencia e trabalho em grupo
• desenvolvimento da nossa capacidade produtiva
• acumulo de bens e de riquezas, entre outros. Trabalho: prazer ou necessidade?
“Há duas faces do trabalho que, embora igualmente dignas, expressam conteúdos
diferentes, diz a professora Marilena Chauí (1986):
a) o trabalho que expressa uma vontade livre, com objetivos próprios e que é inerente
ao proprietário da terra ou dos bens e serviços.
b) o trabalho mecânico e corpóreo, próprio do trabalhador que o utiliza como meio de
sobrevivência.
Assim, de um lado temos o trabalho como resultado espiritual da vontade livre, que cria os seus próprios fins. De outro lado, o trabalho como expressão de “necessidade”,
onde ocorre a relação da máquina corporal com as máquinas sem vida, isto é, com as
coisas naturais e fabricadas...”.
Exercício: Identifique em sua experiência de vida algum tipo de trabalho que você fez e que lhe deu muito prazer ou alegria, porque você se sentiu livre para criar ou inovar.
Comente com o grupo como foi essa vivência e o que APRENDEU com ela!
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Para pensar:
“Uma pessoa não pode ser humana sozinha. Do mesmo modo, uma pessoa não pode
ser competente sozinha. A qualidade do seu trabalho não depende apenas dela –
define-se na relação com os outros”. (Terezinha Azeredo Rios, 1997.).

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Oito horas de trabalho.

Curiosidade:
Você sabia que a jornada de trabalho de 8 horas só foi adotada no Brasil depois de 30
anos de vigência na Europa? Embora prevista na Constituição de 1934, só foi
disciplinada em 1943 com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
“Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de
trabalho e à férias remuneradas periódicas”. (ONU – Organização das Nações Unidas,
Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo 24). A seguir, para seu deleite, e reflexão, extraído de Obras completas de Vinícius de Moraes.
Operário em construção
Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas.
Ele subia com as asas.
Que lhe brotava da mão
Mas tudo desconhecia
Deu sua grande missão:
Não sabia por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.
De fato como podia
Um operário em construção
Compreender porque um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria.
Quanto ao pão, ele o comia
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse eventualmente
Um operário em construção.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- garrafa, prato, facão.
Era ele quem fazia
Ele, um humilde operário
Um operário em construção
Olhou em torno: a gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação! Tudo, tudo o que existia
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão. Autor: Vinicius de Morais (Obras Completas) Vocabulário: Aviltante – Desprezível; humilhanteInerente – Que esta por natureza inseparavelmente ligado a alguma coisa ou pessoa. Espero que tenham gostado, e até a próxima semana.